Setembro Amarelo: o momento de agir pela saúde emocional nas organizações

A campanha Setembro Amarelo, dedicada à conscientização sobre a prevenção do suicídio, reflete-se também na preocupação das empresas com a saúde emocional no trabalho. Transtornos de ansiedade, depressão e burnout são realidades entre milhões de brasileiros e têm demandado maior envolvimento das lideranças, com reflexões e atitudes para prevenir as situações e promover ambientes empáticos, equilibrados e produtivos dentro das organizações.

O Setembro Amarelo foi idealizado no final de 2014 por várias entidades brasileiras, entre elas o CVV (Centro de Valorização da Vida), e teve sua primeira edição em 2015. A cor amarela, que identifica a campanha, é uma referência ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, lembrado em 10 de setembro. Nas empresas, a atenção direcionada à campanha é oportuna, à medida que amplia discussões sobre a segurança emocional dos profissionais que nelas atuam.

Uma das participações destacadas na edição recente do congresso LIFE – Liderança Feminina em Movimento, um dos eventos anuais mais importantes da ABRH-SP, a jornalista Izabella Camargo foi diagnosticada com burnout em 2018. O episódio resultou no afastamento da profissional de suas atividades e na demissão da emissora de TV em que trabalhava.

Doença silenciosa, a síndrome do esgotamento profissional figura hoje na lista de enfermidades da OMS (Organização Mundial da Saúde). De acordo com levantamento do International Stress Management Association do Brasil (ISMA-BR), 32% dos brasileiros, ou 33 milhões de pessoas, sofrem com o problema.

Decidida a estudar o burnout em profundidade, Izabella Camargo publicou um livro e segue ministrando palestras no Brasil sobre a síndrome e outras situações que afetam o bem-estar e a produtividade profissional.

Segundo a jornalista, fala-se muito em sustentabilidade ambiental e social, mas pouco se aplica o conceito à produtividade. Para Izabella, gradativamente as empresas estão voltando os olhares para o tema. E essas ações têm o propósito de “fazer uma manutenção na saúde” e inspirar ações positivas.

Do ponto de vista individual, a produtividade sustentável exige autocuidado, segundo a comunicadora. E isso inclui não negligenciar necessidades essenciais, como alimentação, qualidade do sono, lazer e convivência.

O papel das empresas, na avaliação de Izabella, é fundamental. Cuidar para que o ambiente de trabalho não seja um local tóxico, estabelecer canais para o diálogo e assumir posturas de acolhimento, visando à saúde do funcionário, segundo a jornalista, convergem para o bem-estar e, consequentemente, para a produtividade sustentável.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRH-SP (25 de Setembro de 2023)