Insights do Congresso LIFE apontam para a força transformadora das mulheres

O LIFE – Liderança Feminina em Movimento, um dos grandes eventos anuais da ABRH-SP, foi realizado no dia 20 de junho, em São Paulo, com a participação de especialistas e profissionais de Recursos Humanos das principais corporações do Brasil. Em sua 9ª edição, o congresso trouxe como tema central “A força transformadora do feminino na sociedade”.

As palestras e os painéis desta edição estavam recheados de muito conteúdo, dados e provocações para manter o debate vivo sobre os desafios e as tendências mundiais que envolvem a participação e a representatividade feminina nas organizações.

Na palestra “Uma experiência do FeMale Movement sobre as Inteligências do Feminino”, Ligia Zotini, pesquisadora de Cenários Futuros e fundadora do Voicers, destacou que as pessoas não conhecem a inteligência do feminino, e muitas vezes se decepcionam quando descobrem que não se está falando do gênero, e sim dos arquétipos. E acrescentou: “A principal tecnologia humana é a consciência, que seguirá nos diferenciando das máquinas”.

O painel “O impacto das mulheres em um cenário de escassez de talentos”, não só trouxe cases reais, como reuniu grandes líderes no palco, como Jane Teixeira (Leroy Merlin), Gabriela Gaspardo (Promon) e Natalia Ubilla (iFood Benefícios), sob moderação de Lia Aere (Umanni/ABRH-SP). No debate, a abordagem sobre a capacidade e a sensibilidade das mulheres para lidar com desenvolvimento de talentos e promover mudanças aliou-se ao argumento de que ambientes inclusivos geram mais impacto nos resultados.

No painel “Liderança feminina no comando: A força transformadora dos CEOs”, Fabio Leite (DuPont Brasil), Felipe Calbucci (TotalPass), Renata Afonso (ViewMind) e Patricia Frossard (Philips), com moderação de Iris Barbosa (ABRH-SP), destacaram que marcas empregadoras fortes estão se preocupando em melhorar a diversidade, trabalhando com mais mulheres e tornando as empresas mais atrativas. E propuseram uma orientação: “Desafiem os seus CEOs. O desconforto faz como a transformação aconteça e o número de mulheres aumente nos cargos de liderança nas empresas.”

O painel “Decifrando o código: Trajetórias inspiradoras na carreira STEM”, com Ana Paula Appel (IBM), Mariana Zaparolli Martins (Bain & Company), Alaine Charchat (Reckitt) e moderação de Rodrigo Dib (CIEE), abordou a falta de incentivo para as mulheres em algumas áreas, como STEM, em que, apesar do ambiente machista, é importante olhar para as profissionais e tê-las como referências nas lideranças.

A palestra “As energias masculina e feminina na construção de organizações saudáveis e resilientes”, com Marcelo Cardoso (Instituto Integral Brasil), conseguiu encantar o público com a sua trajetória e assim destacar a importância da reflexão sobre a forma como cada pessoa vem amadurecendo e construindo visões de mundo a partir de energias masculina e feminina. Afinal, as organizações mais saudáveis são aquelas que conseguem integrar, olhando para essas individualidades.

No Lab Think Olga “Esgotadas – O ponto de virada na saúde mental das mulheres”, Maíra Linguori, diretora na Think Olga e na Think Eva, trouxe o estudo “Esgotadas”. Realizado em 2023 pelo instituto, envolveu 1.078 participantes e abordou o adoecimento psíquico das mulheres devido à sobrecarga de tarefas e ao empobrecimento material.

São muitos os motivos para a exaustão e a angústia das mulheres. Com a pandemia, o cenário se tornou ainda mais difícil e o retrocesso para elas foi de 30 anos.

O levantamento revelou que as mulheres estão mais depressivas que os homens e ressaltou que um e outro adoecem de maneiras diferentes. Os casos de transtorno de ansiedade e os transtornos depressivos afetam 67% das mulheres e 33% dos homens.

Para encerrar, os MCs Fábio Turci e Glória Vanique convidaram a artista plástica Helena Kavaliunas para apresentar a obra colaborativa que foi desenvolvida durante o evento pelos participantes. O Happening Artístico conseguiu captar toda a essência e energia positiva para juntos trazermos ações práticas e reais sobre a liderança feminina. Durante todo o conteúdo, ficou clara a necessidade de construir uma cultura organizacional inclusiva e que essa transformação precisa de consciência para se tornar realidade.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRH-SP (24 de junho de 2024)