RH tem atribuição estratégica na pauta ESG das organizações

O conceito ESG (Environmental, Social, Governance) alcança cada vez mais relevância nas organizações. “ESG é muito mais que um investimento realizado pelas empresas. É questão de consciência e atitude”, afirma Wellington Silverio, diretor consultivo da ABRH-SP. Ainda que demande investimento de tempo, dedicação e aporte financeiro, na visão de Silverio o tema não é exclusivo de grandes corporações, e deve estar no radar de pequenas e médias empresas, considerando-se a vocação e a capacidade de cada organização.

No momento de evolução ESG, Silverio observa a caminhada no Brasil em duas frentes. “Uma é a visão externa. Muitas organizações focadas na qualidade têm a tecnologia embarcada em seus produtos e soluções, o que traz mais confiança aos investidores e melhor percepção da marca no mercado”, destaca. Internamente, a visão de ESG, segundo o diretor consultivo da ABRH-SP, deve contemplar toda a cadeia de valor, passando por fornecedores, colaboradores internos, operações, distribuidores, clientes, “todos os steakholders, enfim, para desenvolver uma cultura de sustentabilidade”.

Do ponto de vista de governança, as organizações aderem cada vez mais aos seus valores. “Porém, no meu entendimento, muitas delas não estão criando uma identidade como empresa sustentável”, diz. “Algumas ações são isoladas ou muito focadas em alguma área específica, quando a mentalidade ESG considera a cadeia de valor.”

Para o diretor da ABRH-SP, as ações internas e externas em ESG devem estar conectadas, de modo a direcionar esforços e prioridades das empresas, passando por um processo robusto de comunicação e educação de todas as partes envolvidas.

A comunicação, reforça Renato Amendola, diretor de Comunicação da ABRH-SP, é fundamental para dar clareza às ações executadas pela empresa em termos de ESG. “A preocupação é que haja uma comunicação muito real para que a marca não faça uma apropriação que indique greenwashing ou social washing”, alerta.

Especificamente sobre Recursos Humanos, Wellington Silverio ressalta que ESG não é um tema distante do escopo da área. “Há várias maneiras de entender o conceito ESG. Mas se fôssemos buscar uma ação central de RH, esta poderia ser focada no ‘S’ do ‘Social’ e entender que estamos falando de colaboradores internos, de práticas equitativas de trabalho com políticas que considerem a pluralidade da organização e das pessoas. Falamos também de diversidade, equidade e inclusão, de educação, do bom ambiente de trabalho, do apoio da organização à comunidade local e do envolvimento de nossos colaboradores com a comunidade na perspectiva do Social”, afirma. “A área de Recursos Humanos deve ter como prioridade o envolvimento, o conhecimento e o engajamento com ESG na prática do dia a dia”, finaliza o diretor consultivo da ABRH-SP.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRH-SP (05 de Fevereiro de 2024)